Nos dias 08 e 09 de maio tivemos feriado aqui. Dia 08 foi feriado civil para festejar a vitória dos aliados no fim da Segunda Guerra Mundial. E dia dia 09 foi religioso: a quinta-feira de Ascensão. Então o Fábio pegou um dia de férias na sexta-feira, emendamos tudo e fugimos para Paris!
Não foi minha primeira vez na capital francesa, mas foi minha primeira vez sem obrigações turísticas. Meu caso de amor com a cidade luz começou em 2011, quando eu e Fábio fomos comemorar 1 ano de casados. Na época morávamos em Londres e decidimos passar um fim de semana lá para celebrar nossas bodas de papel. Fiquei louca, andamos sem parar, e eu queria conhecer tudo: a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, andar pela Champs Élysées, e todos os programas padrões, etc. Só que Paris é infinita. Um fim de semana não é nada na cidade. Aliás, uma semana não é nada, um mês não é nada. Por isso é preciso voltar sempre. :)
E voltei! Fui novamente na primavera de 2012 com minha mãe, e no último verão com amigos. Porém, como era a primeira vez deles na capital francesa, tive que repetir os mesmos programas obrigatórios dos estreantes. Sem problemas, os programas clichês são legais, mas eu precisava de uma Paris sem compromisso. Então este feriado de maio foi a oportunidade perfeita!
Pude ir ao Museu D'Orsay que ainda não conhecia. Por acidente cheguei ao Museu das Armas e me encantei. Revisitei o Louvre para conferir alas que não tinha visitado (e pude me dar ao luxo de passar longe da Monalisa e evitar o tumulto de turistas).
Fomos no cemitério Père Lachaise (programa esquisito este de conhecer cemitério, hehe) para visitar os túmulos de pessoas célebres enterradas ali: Balzac, Jim Morrinson, Edith Piaf, Allan Kardec, Chopin, La Fontaine, e muitos outros.
O cemitério |
Andamos pela deliciosa região de Le Marais, indicação de um amigo francês.
Fizemos um passeio indicado por uma revista francesa e deixo a dica aqui: pegue o ônibus 96 para passear. Ele vai da Prefeitura de Lilas até a gare Montparnasse, atravessa Paris. Passamos por regiões super diferentes umas das outras. É um passeio muito interessante para conhecer as diversas versões da cidade. Mais honesto e mais barato que aqueles ônibus turísticos abertos que circulam por lá.
E pela primeira vez fui ao Palácio de Versailles. Lindo de morrer, por dentro e por fora. Os jardins são uma loucura. Nunca tinha tido tempo de passar por lá, pois fica fora da cidade, e é preciso um dia inteiro sobrando para fazer este passeio com calma. Desta vez deu. :)
E claro que rolou um picnic no Jardim de Luxemburgo, e um fim de tarde esparramado num gramado em Montmartre, ali na Basílica de Sacré Coeur, porque ninguém é de ferro. :p
Pausa para picnic |
Pausa para o sol se pôr. |
Num dos bares "trendy" de Paris. |
O melhor de tudo foi não precisar vender um órgão para fazer esta viagem. Paris é cara, mas quem quiser fazer em baixo-custo, consegue. Sempre procurando economizar para jamais deixar de viajar, fomos de trem com passagens de promoção, voltamos metade de ônibus (Paris-Lyon), metade trem (Lyon-Grenoble). Ficamos no Hostel Woodstock (correto, preço bom e bem localizado) onde dividimos quarto com canadenses, uma brasileira e uma escocesa. E sempre dá para comer um sanduíche de mercado em vez de encarar um restaurante em todas as refeições.
Pausa para o almoço! |
E mais, eu não paguei para entrar em nenhum museu, nem no Palácio de Versailles, pois sou "demandeur d'emploi", ou seja, uma pessoa à procura de emprego na França. Esta é a única vantagem de ser desempregada aqui. :p
Pois é pessoal, quem tem o vício de viajar e a alma de viajante, sempre arruma um jeito. ;)